Saúde e Qualidade de Vida

Numa sociedade em que as pessoas vivem até mais tarde e se mantêm activas até mais tarde, o momento da reforma não pode ser sinónimo de paragem ou de abandono. A geração do pós-guerra que agora chega à idade de reforma é uma geração numerosa e afluente que não se conforma com o estereótipo da idade como sinónimo de pobreza ou solidão. Embora os cuidados de saúde e a monitorização da condição física sejam uma preocupação desta geração, eles não podem ocupar o primeiro plano das suas vidas.

A oferta tecnológica das empresas a este importantíssimo segmento de mercado tem, assim, que passar por produtos inovadores e atraentes – produtos que fazem a inveja de qualquer idade – que permitam ao indivíduo manter-se em contacto com a sociedade e com o mundo e viver uma vida de grande conforto, enquanto, nos bastidores, uma rede invisível de sensores monitoriza a sua condição física e psicológica, advertindo o próprio e os seus familiares sempre que houver desvios que necessitem de uma atenção especial ou mesmo sinalizando serviços médicos e de emergência sempre que uma situação anómala (queda, deficiência cardíaca, problema respiratório) se verifique.

Em relação à área da qualidade de vida, nomeadamente no que se refere ao meta-sector do habitat, as TICEs têm vindo a desempenhar um papel crescente na sua modernização. Os seus impactes nas habitações são de banda muito larga: nas comunicações, na domótica, na reciclagem, no entretenimento, no conforto, na segurança, na saúde e no bem-estar, na geração e eficiência energética, na iluminação. A competitividade futura do sector do habitat depende do desenvolvimento de aplicações das TICEs para ele dirigidas, e da capacidade de incorporar essas aplicações no futuro parque habitacional.